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Queimadas atingem Floresta Nacional e Mata do Lúcio Costa no DF

  • Maurício Silva
  • 18 de out. de 2017
  • 4 min de leitura

Devastação Ambiental

Áreas incendiadas do lúcio costa têm sua flora destruída, atrapalhando a vista dos motoristas, prejudicando a respiração dos moradores e destruindo cerca de 80 hectares de cerrado.

CBMDF/ Divulgações

CBMDF/Divulgações

O Distrito Federal tem sofrido muito com queimadas que a cada ano se agravam. No dia 28/08 ocorreu um incêndio florestal queimou parte da vegetação às margens da BR-070 e atingiu a Floresta Nacional causando a destruição da fauna e das reservas ambientais de Brasília. Segundo matéria do Correio Brasiliense, houve mobilização de bombeiros e brigadistas do Instituto Chico Mendes no local.

Um outro caso de queimada intensa que aconteceu na mata do Lúcio Costa, em frente à pista da EPTG, cerca de 80 hectares de cerrado foram queimados. O incêndio começou por volta das 11h da manhã do dia 5 de setembro. Como previsto, a visão dos motoristas ficou prejudicada. Moradores do Lucio Costa, Guará e Taguatinga ficaram por dois dias respirando ar de fumaça, fazendo com que a umidade do ar ficasse em 17%.

Enquanto não houver uma conscientização da população e comece a chover, as queimadas que aumentaram 50% em comparação ao ano de 2016 ainda continuarão frequentes, prejudicando a fauna e a flora de Brasília. Foram 123 ocorrências até 20 de agosto, contra 48 no mesmo período de 2013.

Baixa umidade causa problemas de saúde na população do DF

Com a umidade do ar chegando a 11%, estado de calamidade pública, mais de 100 dias sem chuva no Distrito Federal, a população brasiliense sofre não somente com a vista da cidade empoeirada e cinza de fumaça, mas também com problemas respiratórios e ressecamento de pele. A falta de chuva a mais de 3 meses tem feito com que o número de crianças internadas em hospitais aumente.

Em depoimento no site O popular, a professora Maria das Dores Sousa disse que levou sua filha Heloísa ao Hospital Regional, chegando lá descobriu que sua filha estava com pneumonia. Mas muitas outras crianças estavam com o mesmo problema e com dificuldades respiratórias devido a baixa umidade do ar.

Segundo a Defesa Civil, é necessário tomar alguns cuidados. Foi recomendado evitar exercícios físicos, trabalho ao ar livre e sol principalmente entre 10h e 17h. Nas escolas, a prática de ginástica não é aconselhada nem mesmo em espaços cobertos. Além disso, é aconselhado aumentar a ingestão de líquidos, evitar banhos prolongados com água quente e umidificar o ambiente com vaporizadores ou toalhas molhadas. Pingar soro fisiológico nas narinas e usar a sombrinha são outras recomendações.

Atitudes que podem causar incêndios florestais

O site do Governo do Estado de São Paulo aponta que soltar balões, fazer fogueira ou jogar bitucas nas beiras das rodovias, por exemplo, colocam a vegetação em risco. Portanto, pequenos cuidados no cotidiano podem ajudar a preservar esse bem tão necessário para a sobrevivência humana. Uma ação em conjunto da Defesa Cívil com outros órgãos como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria do Meio Ambiente tem como objetivo prevenir focos em rodovias durante o período de estiagem no Distrito Federal. “Às vezes, uma bituca de cigarro dá início ao incêndio, conta o major Marcos de Paula Barreto. É necessário tomar algumas atitudes de prevenção, tomar cuidado e esperar pela chuva. No canal da Secretária da Segurança pública e da paz social foi publicado um vídeo com dicas do tenente Fábio Faria, do 1º Grupamento de Bombeiro Militar da Vila Planalto para evitar incêndios:

De acordo com matéria do Correio Braziliense, segundo o Corpo de Bombeiros do DF, mais de 90% das queimadas no DF são causadas pela ação do homem. “Alguns chacareiros, por exemplo, na hora de fazer a colheita costumam usar o fogo. Isso é ilegal e pode acarretar em um grande incêndio”, detalha o tenente. Por isso, a corporação ofereceu capacitação a algumas comunidades. No período antes da seca, foram ministrados cursos de conscientização e oficinas ensinando como confeccionar um abafador de chamas, para ser usado em caso de emergência.

Crise hídrica se agrava com queimadas

A umidade relativa do ar está em níveis extremos de emergência, com mínima de 11% e máxima de 70%, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A falta de consciência da população em não jogar lixo nas matas, matérias inflamáveis, como cigarros jogados pelas janelas dos motoristas, acabam causando incêndios, que prejudicam os próprios motoristas, que acabam sendo atrapalhados com a visão do trânsito com a fumaça. A crise hídrica do DF também está sendo agravada com as queimadas constantes.

O Secretário do Meio Ambiente do GDF, em entrevista para o site Agência Brasília, afirma que ‘’os recursos hídricos ficam mais escassos com o fogo porque ele destrói a flora. Com isso, reduz-se muito a superfície de absorção da água quando chove. A vegetação ajuda a amortecer a queda de água. Sem ela, a água vai direto para o rio, explica o secretário. Com a pouca cobertura vegetal, a umidade relativa do ar também diminui. Aumenta a perda de água para a atmosfera causada pela evaporação da água no solo e pela transpiração das plantas. No Cerrado, o balanço entre evaporação e transpiração e umidade tende a ser negativo na seca. ’’

O vídeo é um breve resumo explicativo sobre os efeitos das queimadas no Distrito Federal.

Clemilton Meirelles


 
 
 

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