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Degradação causada por turistas leva a interdição de poço em Formosa

  • Thaís Costa
  • 11 de out. de 2017
  • 4 min de leitura

Turismo no Cerrado

Grande movimentação de turistas levou a grave deterioração da área

Antônio Cunha/ CB/ DA Press

Localizado a 150 km de Brasília, o Poço Azul, conhecido ponto turístico de Formosa (GO), foi interditado para visita de turistas, devido à má conservação por parte dos visitantes.

De acordo com o jornal Correio Braziliense, o Poço Azul é conhecido e frequentado por brasilienses e turistas de todo o país. A distância e o difícil acesso, por estrada de terra, não foram empecilho para a chegada. No local, há duas nascentes que formam um poço em meio à mata nativa. A característica da água azul-cristalina é um atrativo. Porém, as visitações não foram controladas e, com isso, vieram os problemas. Excesso de lixo, corte de árvores e até o banho prejudicaram o ambiente. O assoreamento é uma das principais preocupações de ambientalistas.

Para o biólogo e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG) Carlos Henrique Gonçalves, a proibição de visitas no local é uma necessidade. “O grau de desmatamento é gravíssimo. As pessoas acampavam, faziam fogueiras e espalhavam lixo. Os resquícios são favoráveis para incêndios”, comentou. O especialista observou a deterioração das margens e da mata. “Se nada for feito, com a incidência das chuvas, a terra levada pode diminuir esse poço a ponto de, um dia, não existir mais.” Segundo ele, para o local se recuperar, seriam necessários cinco anos. “Mesmo assim, o poço não poderá ser usado para banho, apenas para observação”, concluiu.

Poço Azul de Brazlândia também sofre com degradação causada por visitantes

Extremamente popular entre os brasilienses, o Poço Azul de Brazlândia, localizado a 52 km da Rodoviária do Plano Piloto, recebe visitantes de toda cidade. Conforme matéria publicada no jornal Metrópoles, durante os fins de semana, uma multidão, saída de todos os cantos da cidade, vai ao local em busca de um pedacinho de terra próximo à cachoeira. Ali, montam grandes piqueniques, que podem ter até mesmo grelha para churrasco, isopores cheios de bebidas alcoólicas e marmitas.

Foto: Rafaela Felicciano

O hábito vira problema quando se constata que não há lixeira nas proximidades. Soma-se a isso uma estrada de 2 km de terra esburacada o suficiente para que carros populares não possam atravessar o caminho, obrigando as pessoas a fazer o trajeto a pé. Como resultado, no fim do dia, percebe-se uma grande quantidade de lixo espalhado por toda a área verde. A água, antes límpida, vai ficando turva graças aos resíduos ali acumulados.

A sujeira parece não incomodar os visitantes. Enquanto uns passam o dia nadando no pequeno lago que se forma numa espécie de gruta molhada, os mais aventureiros saltam no poço de precipícios de 10 a 15 metros de altura. Dentro d’água a profundidade chega a cerca de 40 metros.

Preservar o Cerrado é uma atitude indispensável para que possamos desfrutar das belas e singulares paisagens que ele tem a nos oferecer.

A conscientização de que “é preciso preservar” é o que garante que turistas possam continuar conferindo e curtindo as belezas existentes no nosso cerrado.

Conheça algumas cachoeiras ainda preservadas e abertas a visitas nos arredores do DF

Nos arredores do DF é possível encontrar muitas áreas do cerrado ainda preservadas. Nessas áreas, cobertas por vegetação nativa do cerrado, escondem-se suntuosas cachoeiras que são muito apreciadas e frequentadas por moradores do DF e arredores.

O site do jornal Correio Braziliense, listou algumas dessas cachoeiras. Confira:

Saltos do Rio Preto

Localizados no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a 1km do povoado de São Jorge, a trilha de aproximadamente 5km passa por minas desativadas de cristal conhecidas como garimpão. Depois de uma descida de quase 100m de desnível, avista-se, do mirante, o Salto 1 do Rio Preto, com 120m de altura. Mais alguns metros de caminhada e surge a cachoeira de 80m de queda (Salto 2), com um poço de quase 200m de diâmetro. Na volta de aproximadamente mais 5km, a subida exige um esforço maior, mas oferece a opção de passar pelas corredeiras para relaxar. Nível de dificuldade alto.

Loquinhas

Acesso pela Rua do Segredo, a 3 km do centro da cidade, um complexo de sete poços de beleza única, caracterizados pelas águas cor de esmeralda. Fácil visitação para crianças e pessoas da terceira idade. Muro de pedra feito por escravos, trilha ecológica, ponte pênsil, 780 m de passarela de madeira, ladeando o Córrego Passatempo e facilitando os banhos e preservando o meio ambiente. A Fazenda Loquinhas também oferece hospedagem na Druid’s Pousada Xamânica do Cerrado.

Cachoeira São Bento

A 9km de Alto Paraíso, na Fazenda São Bento, e menos de 200m de trilha, ou dando a volta, margeando o Rio dos Couros por um caminho suspenso de madeira, em um percurso de mais de 2km. A cachoeira de mesmo nome da propriedade, com uma linda piscina natural, recebe até campeonatos de polo aquático. Nivel fácil.

Cachoeira das Andorinhas

No Córrego Barriguda, com queda de 10m. Acesso: estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 5km de terra. Trilha com 1km de acesso difícil. Não aconselhada para idosos e crianças.

Cataratas dos Couros

Na Fazenda Boa Esperança, sequência de quatro quedas no Rio Couros. Aconselha-se uso de veículo com tração nas quatro rodas e guia credenciado, pois o acesso é difícil.

Cachoeira das Freiras

No Rio Dois Irmãos, com queda de 4m. Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2km de asfalto e 38km de terra. Trilha com 300m, com acesso médio. Visitas somente com guias credenciados.

Cachoeira do Amor

No Córrego Barriguda, com queda de 4 m. Acesso pela estrada para o Parque dos Pireneus, com 2 km de asfalto e 5 km de terra. Trilha de 600 m, com acesso fácil. Visitas somente com guias credenciados.


 
 
 

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